Paróquia Sagrada Família Porto Alegre - RS
Pouco antes de Judas perder as botas, publicamos um post sobre o início do CLJ, sobre como começou o movimento e quais as razões para o movimento ser criado, agora, segue a continuação deste post.
Naquele mesmo ano de 1975, o Pe. Severino Brum, pároco da Sagrada Família de Porto Alegre, que ja estava tentando uma pastoral para os jovens, com iniciativas espetaculares, ficou sabendo e queria participar do 3º Curso de Liderança Juvenil. Queria apenas observar e levar um grupo de 20 jovens e um casal de tios.
Porém, era necessário falar com os bispos, logo os Pe Severino e Zeno foram conversar com D. Antônio e com o Cardeal Dom Vicente Scherer, respectivamente. O Cardeal ficou um tanto assutado, pois ja havia ouvido falar nos "beijos e abraços" durante a missa do CLJ. Vale lembrar, que este ocorrido foi em 1975, em uma época onde representações públicas de afeto não eram muito bem vistas, ainda mais vindas de jovens que poderiam ser potencialmente perigosos frente ao governo militar, por exemplo. A extinta Ação Católica, com a Juventude Estudantil Católica e Juventude Universitária Católica, desapareceu devido a divergências com os militares, inclusive com mortes de muitos líderes católicos jovens que eram contra a ditadura.
Mas, continuando no nosso assunto, ao final da reunião Dom Vicente disse, "Pe. Zeno, continue neste trabalho com a minha benção. Se este movimento vem de Deus, vai progredir e dele surgirão muitas vocações para o sacerdócio e a vida religiosa, se não vem de Deus, em pouco tempo vamos acabar com isso antes que seja tarde".
Após uma longa reunião com Dom Antônio, participando ainda o Pe. Severino, o casal José Carlos e Eunice Monteiro, a Ir, Jocélia e quatro jovens, o CLJ foi reconhecido como movimento arquidiocesano, aberto para todas as paróquias que o quizessem implantar.
Feito isso, era necessário preparar o próximo CLJ, montando pastas, fazendo ensaios, redigindo esquemas de palestras, montando o curso de dirigentes e oficializando toda a operação. E havia uma certeza, o CLJ seria um curso de descobertas. Seria para jovens adolescentes que viviam a fase das grnades descobertas nas suas vidas.
O Curso de três dias ficou marcado como "CLJ Momento", enquanto os encontros contínuos nos sábados e todas as ações do CLJ ficaram conhecidas como "CLJ Movimento", trabalhando como pastoral de jovens.
Em pouco tempo, o CLJ foi se espalhando por Porto Alegre, depois pelas dioceses do interior e hoje está espalhado por boa parte do Rio Grande do Sul, em algumas cidades de Santa Catarina e Paraná, e inclusive com pedidos de implantação do Uruguai.
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